Você pode até tentar escapar do frio que a madrugada traz, mas não vai conseguir. Os dias estão correndo e eu tenho medo de ficar aqui. Lá fora a chuva não para. É dor, que alastra e apodera o meu coração. Refrigera minha alma. Pega tudo que tá na sua caixinha e joga fora. Esvazia o guarda roupa e foge pra longe. Limpa todo ese lixo do seu quarto. Assim quando eu voltar eu vou poder te encontrar. Sua alma vai estar limpa. Tira o peso das minhas costas e esquece a ferruge do corpo. Talvez eu tenha ficado aqui tanto tempo que tenha esquecido de viver. Agora eu vou limpar minha alma, agora é minha vez. Tiro tudo que me dói para sempre, minha vista embaça, é começo de lágrima. Tiro todas as frases engasgadas. Te reinvento e invento o que te falta para mim. Assim talvez você possa ser quem eu pensava. Dai você vem e me atira aquela pedra. A dor se alastra mais uma vez. Corresponde meo vazio de novo, e me afunda novamente com seu bom humor e sua auto estima. Me joga na cara que eu nunca consigo ver o lado bom das coisas. Talvez é o medo de te perder. Me diz que nada aconteceu, e que isso foi apenas um pesadelo meu. Me traz de volta pro mundo real. Eu prometo que a poeira vai sair de cima dos móveis sem deixar marca. E quando você voltar tudo vai estar de volta no lugar.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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