quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Riscados de giz.

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Quando eu te vi fechar a porta eu pensei em me atirar pela janela do 8° andar onde a dona Maria mora por que ela me adora e eu sempre posso entrar. Era bem o tempo de você chegar no T, olhar no espelho o seu cabelo, falar com o seu Zé e me ver caindo em cima de você como uma bigorna cai em cima de um cartoon qualquer.  E ai, só nos dois no chão frio de conchinha bem no meio fio. No asfalto riscados de giz, imagina que cena feliz. Quando os paramédicos chegassem e os bombeiros retirassem nossos corpos do Leblon, a gente ia para o necrotério ficar brincando de sério deitadinhos no bem-bom. Cada um feito um picolé com a mesma etiqueta no pé. Na autópsia daria pra ver como eu só morri por você. 
Quando eu te vi fechar a porta eu pensei em me atirar pela janela do 8° andar. Invés disso eu dei meia volta e comi uma torta inteira de amora no jantar.


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