quinta-feira, 31 de maio de 2012

Optou pela mudança constante.

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"Como pode alguém ser tão demente, porra louca, inconsequente e ainda amar. Ver o amor como um abraço curto para não sufocar."


Cazuza








Rir até passar mal não é exatamente ainda a expressão correta, deve ser algo mais profundo, algo mais específico, ainda encontrarei algo exato, prometo. Não é só rir, é rir tanto que é preciso levantar do lugar aonde está sentado, dar uma volta, pensar em alguma coisa séria ou triste e se concentrar para quando voltar não continuar naquela vibração de risadas descontroladas e jogar todo o trabalho no lixo. É agir como uma criança de 3 anos e se divertir como se não houvesse amanhã, é ser um completo idiota, mas nunca sozinho. Ligar no meio da semana nem que seja para xingar ou contar uma coisa completamente desnecessária, só para não perder o costume. Tomar as piores decisões do mundo e acabar jogados no quarto sempre tão familiar e cheio de informações. É tramar contra tudo e todos e se não for suficiente, até contra nós mesmos. Assustar de verdade só para garantir uma boa gargalhada nem que isso custe uma noite sem sono. É chorar, chorar e chorar de alegria e de tristeza também. É tratar o amor com a mesma indiferença, sempre como algo que não pode passar das preliminares. Fazer passar vergonha em público e ainda fingir que nem conhece. É querer OBRIGAR que leia todos os livros que eu gostaria, todos os que eu gostei tanto. Mostrar todas aquelas bandas e aquelas músicas que não diziam absolutamente nada e que contavam tanto. É fumar um maço de cigarro inteiro e atoa. É ter as conversas mais agradáveis. É brigar feio e depois de 5 minutos voltar a conversar como se nada tivesse acontecido, mas sem pedir desculpas, o orgulho é bem maior mas assim nos entendemos. É perceber cada gota de ironia empregada até mesmo na frase mais banal. É ligar no meio da tarde como 'desconhecido' só para atiçar a curiosidade. É passar milhares de vezes pelo mesmo corredor escuro iluminando com o celular mesmo sabendo o caminho exato. É dormir de conchinha e com roupa. É pedir uma cerveja e encher os dois copos sem colarinho. É andar de mãos dadas só para causar impacto. É contar as coisas mais absurdas e intimas para o outro. É ser doce e cruel ao mesmo tempo. É ser tão igual, tão indiferente que chega a sufocar, completar a frase é pouco para os leigos que tentarem entender essa conturbada relação. É se perder e não querer se encontrar. Nada que um bom café de manhã não possa curar, nada que um bom 'vá se ferrar' não possa melhorar. Nada comparado ao que podemos fazer, ao que fazemos e ao que faremos.

 Só não esquece os óculos escuros, o fim da tarde é bem mais bonito com eles.


Henrique Zanatta




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