sexta-feira, 14 de junho de 2013

Epílogo.

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Eu me adaptaria a qualquer lugar com uma certa facilidade, nunca tive problemas com isso, mas a situação parece cansativa e o lugar que era antes tão familiar e aconchegante hoje está gasto. Mas ai você vem me dizer que não há razão pra esse auê todo, e eu não vejo um drama certo nisso tudo. Você me pergunta se foi uma história ou uma estória, espera, era eu quem brincava com as palavras. Me culpa pelo teu sarcasmo, claro. Me liga no meio da noite me sufocando com essa insistência em permanecer nos meus dias, nas minhas noites. Mas agora, o que sobrou além de uns lençóis bagunçados e os restos de coração na sala? Você nunca quis me contar com o que sonhava toda noite, nunca me disse por que soltava aquele sorriso de repente quando estávamos juntos. Acho tão desconfortante essa situação, logo eu. Me vejo rodeada de amigos que pra mim não me abrigam mais, eu vejo eles rindo e me pergunto por que não gostei da piada também, porque ainda estou com eles. Mas é tudo tão oscilante não é? Hoje esse deslocamento, amanhã já estarei bem. Já vi o fim do mundo tantas outras vezes e soube sobreviver a todas. Só não vem me desarmar, estou aqui de peito aberto a espera de um milagre que me tire dessa rotina, uma mudança drástica seria o ideal. Mas passa, somos todos feitos de ontem, apenas nos moldando para um amanhã completamente incerto. Eu queria tanto uma fé que me fizesse acreditar, não uma imposta, uma de verdade, que pudesse me fazer acreditar que amanhã não vai ser só mais um dia. Esses medos tão bobos, medo de sair, medo de ficar, medo de voar. E as vinte e quatro horas do dia há tempos já não são suficientes para fazer tudo o que eu quero. 



Um comentário:

  1. Nossaa,amei seu texto.. Você escreve muito bem.. Adoro como você fez parecer uma coisa complicada parecer uma facil.. bjs
    ----> da uma olhada nos meus http://isismente.blogspot.com.br/

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